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Foto do escritorSofia Lima

As coisas são o que são. As coisas nunca pedem nossa opinião.


"As coisas nunca acontecem como a gente quer, nem como a gente não quer. As coisas nunca pedem nossa opinião." ( Cary Bertazzoni)

Introdução


A vida é cheia de surpresas e, muitas vezes, essas surpresas não são exatamente o que esperávamos ou desejávamos. A frase "As coisas são o que são. As coisas nunca pedem nossa opinião" encapsula a dura realidade de que a vida muitas vezes segue seu curso, independentemente de nossos desejos e expectativas. Este artigo explora a importância da aceitação da realidade em detrimento da idealização, com base em perspectivas filosóficas e terapêuticas, incluindo o existencialismo, a Logoterapia de Viktor Frankl e a Gestalt-terapia de Fritz Perls.


Sofrimento de uma vida sem aceitação da realidade


Viver em negação ou idealização da realidade pode levar a um sofrimento intenso e contínuo. Quando não aceitamos a realidade como ela é, criamos uma disparidade entre o que é e o que gostaríamos que fosse. Esta disparidade é uma fonte constante de frustração e dor. Filósofos existencialistas como Jean-Paul Sartre e Albert Camus destacam que a vida é intrinsecamente absurda e desprovida de sentido inerente. No entanto, é precisamente essa falta de sentido que nos dá a liberdade e a responsabilidade de criar nosso próprio significado.


Realidade de sofrimento: como aceitar e porque é melhor aceitar?


Aceitar a realidade, especialmente a realidade do sofrimento, é um passo crucial para viver uma vida plena e significativa. Viktor Frankl, em sua Logoterapia, argumenta que o sofrimento é uma parte inevitável da vida, mas que podemos encontrar um sentido nele. Frankl, sobrevivente do Holocausto, baseou sua teoria na ideia de que, mesmo nas circunstâncias mais adversas, podemos encontrar um propósito que nos impulsiona a continuar. Fritz Perls, fundador da Gestalt-terapia, também enfatiza a importância de viver no presente e aceitar o que é. Para Perls, a aceitação da realidade é fundamental para a autocompreensão e o crescimento pessoal.


Busca de sentido em vez de busca de felicidade


Muitas vezes, buscamos a felicidade como um fim em si mesmo, mas essa busca pode ser ilusória e frustrante. Viktor Frankl argumenta que a busca de sentido é mais profunda e satisfatória do que a busca de felicidade. Quando encontramos um propósito ou significado em nossas vidas, a felicidade se torna uma consequência natural, e não o objetivo principal. A Gestalt-terapia, de Fritz Perls, complementa essa visão ao focar na integração e aceitação de todos os aspectos da experiência humana, incluindo o sofrimento. Perls acreditava que a verdadeira realização vem da aceitação e integração de nossa realidade como um todo.


Conclusão


Aceitar a realidade é um desafio, mas é um passo essencial para viver uma vida significativa e plena. A filosofia existencialista, a Logoterapia de Viktor Frankl e a Gestalt-terapia de Fritz Perls oferecem perspectivas valiosas sobre como podemos encontrar sentido e propósito, mesmo nas circunstâncias mais difíceis. Em vez de buscar incansavelmente a felicidade, talvez devêssemos buscar entender e aceitar a realidade, encontrando significado nas experiências que a vida nos oferece.

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